Cerca de 2,8 milhões de famílias estão aguardando na fila de espera para receber o Auxílio Brasil. Embora essas famílias cumpram todos os requisitos para integrar o programa social, o orçamento disponível, possivelmente, não irá conseguir incluir esses cidadãos ainda neste ano.
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Os dados foram divulgados na segunda-feira, de acordo com um levantamento feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM).
Fila de espera
De acordo com a pesquisa, aproximadamente 5,3 milhões de pessoas inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) aguardam na fila para o recebimento do benefício.
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Além disso, o estudo demonstra que o orçamento que o governo tem neste ano para os repasses do Auxílio Brasil é de R$ 89 bilhões e que, apenas no primeiro trimestre de 2022, 30% do valor já foi utilizado.
Dessa forma, em decorrência da escassez de recursos para destinar ao Auxílio Brasil e do orçamento apertado, não tem como prever quando ocorrerá a inclusão de novas famílias ao programa social.
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Gasto maior do que o Bolsa Família
O governo federal teve um gasto de R$ 36,5 bilhões nas cinco primeiras parcelas de 2022 do Auxílio Brasil.
De acordo com um levantamento realizado pela GloboNews, baseado em dados da Secretaria Nacional de Renda e Cidadania (Senart), do Ministério da Cidadania, o valor gasto já é maior superior do que os R$ 35,4 bilhões gastos ao longo do ano passado com o extinto programa social, Bolsa Família, conforme consta na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2021.
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Quem tem direito ao Auxílio Brasil?
Tem direito ao Auxílio Brasil pessoas que se enquadram nas seguintes situações:
- Famílias em situação de extrema pobreza – renda familiar mensal por pessoa de até R$ 105,00;
- Famílias em situação de pobreza (desde que tenham, entre os seus membros, gestantes ou pessoas menores de 21 anos) – renda familiar mensal por pessoa entre R$ 105,01 e R$ 210,00.
- Famílias que tenham membros que residam na mesma casa, que sejam inscritos no Benefício de Prestação Continuada (BPC/Loas), que contempla à pessoa com deficiência e ao idoso a partir de 65 anos de baixa, com um salário mínimo (R$ 1.212,00);
- Ter inscrição no Cadastro Único dos Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico);