Os beneficiários do Auxílio Brasil que perceberam alguma movimentação suspeita ou liberação indevida do empréstimo consignado podem solicitar o cancelamento do crédito. Além disso, os cidadãos que solicitaram a linha de crédito mas acabaram se arrependendo também podem cancelar a operação se não tiverem movimentado o dinheiro.
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Vale lembrar que os cidadãos que realizaram a contratação assim que a modalidade de empréstimo foi liberada já tiveram a primeira parcela descontada. Isso significa que parte dos beneficiários do Auxílio Brasil já começaram a pagar o consignado no mês de novembro.
“A sua parcela do empréstimo é debitada automaticamente a partir do primeiro benefício a ser recebido após a contratação. A data de 07/12 que aparece no extrato do contrato é o prazo para que a Caixa receba o valor do Ministério da Cidadania”, explicou a Caixa Econômica Federal para a Folha de S. Paulo.
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É importante lembrar que o prazo para desistência do empréstimo consignado é de sete dias. Para isso, os beneficiários do Auxílio Brasil precisam notificar a instituição na qual realizaram a contratação da linha de crédito. Se o cidadão não souber em qual banco foi feito o empréstimo é possível ligar no número 121 do Ministério da Cidadania para obter mais informações.
Críticas ao crédito consignado
Apesar da grande adesão dos beneficiários do Auxílio Brasil pelo crédito consignado, inúmeros especialistas acreditam que a função pode prejudicar ainda mais essas familias. “O crédito consignado, em vez de benefício, pode ser um grande vilão nessa história. Pode levar [as famílias] a uma situação muito pior do que já estão. Um benefício de sobrevivência jamais pode ter qualquer valor sendo descontado”, afirma Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Profissionais de Educação Financeira (Abefin).
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Partindo dessa perspectiva, grandes bancos privados optaram por não conceder o consignado para beneficiários do programa social. “Entendemos que não é o produto certo para público vulnerável. Assim, o banco preferiu não operar”, disse Milton Maluhy Filho, presidente do Itaú Unibanco.
Além do representante o Itaú, Octavio de Lazari Júnior, presidente do Bradesco, também se posicionou contra o crédito consignado do Auxílio Brasil. Para o presidente da instituição, essa modalidade de empréstimo poderia prejudicar ainda mais famílias em situação de vulnerabilidade econômica.
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Uma simulação realizada pela Associação dos Executivos de Finanças (Anefac) ainda constatou que a porcentagem de juros do consignado do Auxílio Brasil pode custar até 87% a mais do que outras modalidades de empréstimo. Por conta disso, é importante que as famílias pensem bem antes de realizar a contratação.
O empréstimo para beneficiários do Auxílio Brasil
A modalidade de crédito consignado destinado a beneficiários do Auxílio Brasil foi aprovada pela Lei nº 14.431/202. Segundo informações disponibilizadas pelo Ministério da Cidadania, o valor das parcelas do não pode ser superior a 40% do benefício social e o prazo máximo para quitar a dívida é de 24 meses (dois anos).
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No consignado do Auxílio Brasil as parcelas mensais são descontadas automaticamente do benefício social dos cidadãos. Mais informações sobre a modalidade de crédito podem ser obtidas nos canais oficiais do Ministério da Cidadania ou diretamente nas instituições financeiras autorizadas.