A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) calcula que o preço da gasolina ao consumidor poderá subir R$ 0,68 por litro a partir de 1º de março, quando termina o prazo de desoneração tributária sobre os combustíveis, que entrou em vigor no ano passado e que foi prorrogada pelo governo Lula por dois meses. Esse assunto deve estar em pauta na reunião desta quinta-feira, 23, entre o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e o presidente Lula.
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Nas contas da Abicom, sem a prorrogação da isenção, o impacto da volta dos impostos no preço da gasolina nas refinarias será de R$ 0,79 pelo PIS/Cofins e de R$ 0,10 pela Cide. Nos postos, depois da mistura do etanol, o impacto total do retorno dos impostos na gasolina será de R$ 0,68 por litro. Já o etanol hidratado, com a mistura de 27% por litro de gasolina, deve subir R$ 0,24 por litro nos postos.
Imposto sobre Gasolina e Etanol
Na comparação com os preços praticados no mercado internacional, a venda da gasolina nas refinarias da Petrobras está em média 8% mais cara, enquanto o diesel está com o preço 7% superior. Essa diferença corresponde a uma possível queda de R$ 0,23 por litro no caso da gasolina e de R$ 0,25 no diesel.
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Se levado em conta apenas o mercado da Bahia, onde opera a única refinaria relevante privada, a Refinaria de Mataripe, a alta em relação ao mercado externo chega a 10%, informa a Abicom, mesmo após a redução da semana passada anunciada pela Mataripe, de R$ 0,29 por litro no preço da gasolina.
No ano passado, o governo de Jair Bolsonaro anunciou a redução do ICMS para combustíveis como uma forma de reduzir o preço dos combustíveis e de produtos essenciais e, assim, reduzir a inflação. Essa redução estava prevista para acabar no dia 1º de janeiro, mas Lula manteve a isenção até o fim de fevereiro para a gasolina e o álcool, e até o final do ano para o diesel, biodiesel, gás natural e de cozinha.