Para quem não sabe, no começo da pandemia de Covid-19, ainda em 2020, o deputado Pompeo de Mattos (PDT) apresentou na Câmara dos Deputados uma proposta para pagamento do 14º salário do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). O objetivo do Projeto de Lei (PL) 4367/2020 era oferecer apoio financeiro aos aposentados e pensionistas durante a crise.
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O texto prevê a liberação de uma parcela extra no valor de até dois salários mínimos para os segurados da autarquia. Na época, o 13º salário do grupo havia sido antecipado e deixou milhões de pessoas sem o tradicional adicional no fim do ano, mas mesmo assim o 14º não foi aprovado.
Após diversas movimentações que deixaram esperançosos os beneficiários do INSS, o projeto foi submetido à apreciação de uma comissão especial pelo presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP). Assim, ele voltou à estaca zero.
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14º salário do INSS será liberado?
Muitos segurados continuaram esperançosos sobre a possível aprovação do texto, mas isso não deve acontecer. Em entrevista recente, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, sinalizou que o 14º do INSS não será liberado por falta de verbas.
“Já o 14º é mais difícil porque é um peso muito alto. Não posso agarrar os céus com as mãos. Tenho uma realidade muito difícil. Não podemos fazer tudo ao mesmo tempo porque senão o governo não aguenta”, disse Lupi.
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Com a declaração, ficou nítido que o abono extra dos aposentados não está nos planos do governo federal. Por outro lado, o ministro sinalizou que planeja discutir o 13º para beneficiários do BPC (Benefício de Prestação Continuada).
“Acho que é justo e vou discutir isso no conselho [Nacional de Previdência Social] também”, afirmou Lupi. O BPC atende idosos com mais de 65 anos e pessoas com deficiência de qualquer idade de baixa renda.