Como evitar o bloqueio do Bolsa Família – O Bolsa Família 2023 tem passado por um pente-fino, com o objetivo de identificar e combater práticas irregulares no Cadastro Único. Nos últimos anos, algumas famílias tentaram aumentar o valor do benefício, fragmentando o registro familiar em pequenos núcleos, para receber cotas únicas do antigo Auxílio Brasil. Diante disso, famílias que não adotaram essa prática não apenas evitaram as ações de averiguação cadastral deste ano, mas também serão beneficiadas com um aumento no valor do benefício a partir de junho.
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Aprenda a evitar o bloqueio do Bolsa Família
Para evitar o bloqueio do Bolsa Família, é fundamental cumprir os requisitos e manter o Cadastro Único atualizado. Famílias que seguem essas orientações têm maior probabilidade de manter o benefício. Todos os membros do mesmo núcleo familiar, que compartilham endereço e relação econômica, devem ser registrados juntos. Além disso, é necessário declarar toda a renda para o cálculo per capita e a avaliação das condicionalidades. Entre as principais contrapartidas exigidas estão a manutenção do calendário de vacinação e pesagem das crianças e a frequência escolar.
No modelo anterior do programa, famílias grandes e pequenas recebiam o mesmo valor de R$ 600. Para obter vantagem econômica, algumas delas se dividiram em cadastros individuais, permitindo que cada membro acumulasse R$ 600 e, assim, aumentassem o valor total recebido. Em consequência disso, o foco das revisões cadastrais deste ano recaiu sobre os grupos familiares unipessoais. Morar sozinho não é motivo para exclusão do benefício, mas acredita-se que muitos desses cadastros não correspondem à realidade das famílias.
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A partir de junho de 2023, as famílias que não adotaram essa estratégia terão uma vantagem significativa. Será estabelecido um valor mínimo por pessoa de R$ 142, garantindo que cada membro da família receba esse montante no Bolsa Família. No caso de uma família composta por 10 pessoas, por exemplo, a soma mínima será de R$ 1.420, o que torna ainda mais vantajoso manter todos os membros no mesmo cadastro.
Com a implementação da medida, é possível contribuir para o equilíbrio do valor per capita do Bolsa Família, já que no modelo anterior muitas famílias recebiam o mesmo valor, o que gerava distorções. Por exemplo, uma família de uma pessoa que recebia R$ 600,00 tinha um valor per capita de R$ 600,00, enquanto uma família de quatro pessoas que recebia o mesmo valor tinha um valor per capita de apenas R$ 150,00.
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Revisão do CadÚnico
A revisão do Cadastro Único e a implementação do novo modelo do Bolsa Família são medidas importantes para garantir que os recursos públicos sejam destinados às famílias que realmente necessitam de auxílio. A atualização cadastral e o cumprimento das condicionalidades são essenciais para que os beneficiários mantenham o acesso aos programas sociais e possam usufruir dos benefícios oferecidos pelo governo.
O novo modelo do Bolsa Família também visa incentivar a formalização do trabalho, a educação financeira e a inserção produtiva dos beneficiários. Com o estabelecimento de um valor mínimo por pessoa e a ampliação dos critérios para o recebimento do benefício, o programa busca atender de forma mais eficaz às necessidades das famílias em situação de vulnerabilidade, contribuindo para a redução das desigualdades sociais no país.