Segundo fontes, investidores já sinalizaram interesse em comprar cerca de R$ 13 bilhões em ações da Eletrobras. A transação, que privatizará a empresa, deverá ser um dos maiores IPOs já realizados no Brasil.
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Segundo uma fonte, o prospecto da operação, que deve ser divulgado entre hoje e amanhã, incluirá um comunicado da consultoria PwC sobre a Santo Antônio Energia, que pode ser controlada pela Eletrobras. Os auditores recomendam a dissolução do imbróglio em torno da instalação antes da oferta.
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De acordo com relatório de 22 de maio assinado por analistas do UBS BB, a venda da Eletrobras deve arrecadar R$ 30 bilhões, incluindo a reemissão de papel e as ações atualmente detidas pelo governo.
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Com o aumento de capital, a participação dos sindicatos deve cair abaixo de 50% do capital votante. Em outras palavras, o controle da empresa é deixado para o Estado. Mas o governo federal manterá o direito de veto em algumas decisões. Procurada, a Eletrobras não fez comentários.
A venda, que exigia aprovação do TCU e do Congresso, ocorre em meio a uma forte desaceleração nas ofertas de ações no país. As altas taxas de juros e a turbulência nas eleições minaram o apetite dos investidores. Por isso, o governo vinha lutando contra o tempo para rentabilizar a operação no primeiro semestre.
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Os bancos coordenadores dos negócios são Bank of America, BTG Pactual, Goldman Sachs, Itaú BBA, XP Investimentos, Bradesco BBI, Caixa Econômica Federal, Citi, Credit Suisse, JP Morgan, Morgan Stanley e Safra . ano passado.
A privatização da Eletrobras
No entanto, a privatização da Eletrobras pode ter um agravante. Porque Furnas, uma das principais filiais do grupo Eletrobras, tem que contribuir com a Usina Hidrelétrica Santo Antônio, da qual é acionista.
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Furnas publicou um edital de convocação de uma assembleia geral de obrigacionistas a ser realizada no próximo dia 30 de maio com vistas à obtenção de aprovação para a contribuição.
Isso significa que a subsidiária da Eletrobras aumentará sua participação e possivelmente até assumirá o controle da usina localizada no rio Madeira, em Rondônia.
A chamada segue a aprovação dos acionistas da Madeira Energia (Mesa), controladora da Santo Antônio Energia, que supervisiona a operação da usina homônima no rio Madeira, em 29 de abril.