O governo federal realizará nos próximos dias uma grande atualização do atual programa de transferência de renda, o Auxílio Brasil, que será renomeado e voltará a se chamar Programa Bolsa Família a partir de março deste ano. Contudo, antes disso, ocorrerá uma atualização cadastral para averiguar o cadastro de famílias com suspeitas de irregularidades, e em seguida serão implementadas mudanças.
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Já nos próximos dias as famílias que estão a mais de dois anos sem atualizar as informações repassadas para o Cadastro Único (CadÚnico) começarão a ser convocadas para a atualização cadastral. Ao longo de todo o mês de fevereiro elas terão que apresentar documentos que comprovem a situação de renda e moradia da família, além de documentos de identificação de todos os integrantes do grupo familiar.
Também serão convocados beneficiários que compões famílias unipessoais (aquelas com apenas um integrante que mora sozinha) e que o governo suspeita que podem ter repassado informações falsas para receber o Auxílio Brasil no ano passado. Depois disso, em março, aqueles que comprovadamente não atendem mais aos requisitos do programa social serão bloqueados, abrindo espaço para novos beenficiários.
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Tanto esses novos beneficiários quanto os demais que atendem se enquadram nas regras estabelecidas passarão a receber o novo Bolsa Família a partir da segunda quinzena de março. O novo programa social manterá o pagamento mínimo de R$600 e ainda repassará para as famílias com crianças de até seis anos de idade o valor extra de R$150 a mais, que elevará o valor recebido através do programa de transferência de renda para um dos maiores da história.
Grande atualização do Bolsa Família
O valor extra pago após a grande atualização do programa social através do novo Bolsa Família está sendo criado porque, além de ser uma promessa de campanha do atual presidente, também tem o objetivo de repassar mais recursos para as famílias com crianças. Isso porque integrantes do novo governo acreditam que estas famílias costumam ser um pouco mais afetadas pela insegurança alimentar e pela fome, que prejudica muito o crescimento e o desenvolvimento das crianças.
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Além disso, também se trata de uma tentativa do novo governo de manter a diferenciação de valores que as famílias com ou sem crianças recebem. Essa diferenciação já existia no antigo Bolsa Família, porém, o valor de R$600 foi estabelecido como mínimo provisório no último governo, e não seria bom para o atual reduzir a quantia repassada para as famílias. Por isso, criou-se o novo benefício, que permite as famílias com crianças receberem acima do mínimo.
Bolsa Família e os R$150 a mais
O valor extra que será pago junto ao novo Bolsa Família ganhará em fevereiro uma regulamentação que definirá de forma oficial quem poderá receber o novo benefício e qual valor máximo será pago, caso houver um valor limite. Até o momento, se sabe que, para receber, será preciso cumprir algumas condicionantes, além de ter crianças de até seis anos de idade entre os membros da família.
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Segundo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), as crianças da família precisarão estar com a caderneta de vacinação em dia, inclusive a vacina contra a Covid-19, e estar matriculada na escola mantendo boa frequência de comparecimento, de preferência acima dos 75%. Contudo, novos detalhes serão divulgados apenas na regulamentação do novo Bolsa Família, que será publicada em fevereiro.
Por conta disso, é preciso lembrar que é de extrema importância que as famílias participem do processo de atualização cadastral que ocorrerá nos próximos dias, caso convocadas, já que aqueles que não realizarem a atualização dos dados poderão ter o benefício bloqueado antes da implantação do novo Bolsa Família e não receberão os novos benefícios do programa.