A parcela média do Bolsa Família aumentou significativamente durante o período de abril. O recorde marca a maior média da história do programa social. O valor de R$ 670,49 representa a média de todos os pagamentos a serem efetuados aos beneficiários. Ou seja, o valor mínimo ainda é de R$ 600, mas a média de pagamentos totais é maior, pois algumas famílias recebem o benefício adicional de R$ 150.
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Em abril, 21,19 milhões de domicílios serão beneficiados com os pagamentos, o equivalente a um investimento de 14 bilhões de reais do governo federal. O Benefício Primeira Infância vai pagar o auxílio extra de 150 reais para 8,9 milhões de crianças brasileiras. Desse modo, com um repasse de 1,33 bilhão, são 17 mil crianças beneficiadas a mais que no mês anterior.
Benefícios complementares do programa
Cada família contemplada pelo programa social receberá no mínimo R$ 600 em cada parcela. No entanto, alguns grupos de famílias podem receber pagamentos mais altos, até mesmo superiores a R$ 1.000. São somados, portanto, os seguintes adicionais para o valor mínimo de 600 reais:
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– Será acrescido R$ 150 para cada criança de zero a seis anos. Assim, se houver apenas um filho nessa faixa etária, o custo do repasse para a família é de R$ 750. Se houver dois filhos menores de 6 anos, a família receberá 900 reais, e assim sucessivamente.
– Já a partir de junho, as famílias com gestantes, crianças e adolescentes de 7 a 18 anos receberão um subsídio de 50 reais por cada pessoa que pertença a um dos grupos acima. Não há valor adicional que anule o anterior, podendo a mesma família receber, então, os dois adicionais a partir da data mencionada.
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O que representa o aumento
Solteira, mãe de quatro filhos e desempregada, a pernambucana Maria José Silva de Freitas, que mora no Distrito Federal há mais de 20 anos, diz que com a ajuda dada pelo programa, é possível comprar comida e remédios para seus filhos. Ela conta que o Bolsa Família é sua única renda fixa e completa o resto de sua renda com “bicos”, lavando a roupa de outras pessoas quando o serviço aparece.
A filha caçula de Maria, Gabrielle, tem três anos e sofre de anemia. Segundo a mãe, o aumento do repasse adicional de R$ 150 vai ajudar a menina que toma remédio para a doença desde o ano passado. Maria José conta que nem sempre consegue dar uma alimentação saudável às crianças, mas que o aumento no programa irá auxiliar bastante.
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No Paraná, Ana Claudia das Neves, dona de casa de 48 anos, também faz parte desse grupo. Ela tem que conciliar a gestão do orçamento e a criação dos quatro filhos junto do marido, que moram em uma casa humilde na periferia de Foz do Iguaçu. A principal fonte de renda familiar é o benefício do INSS para o filho com transtorno mental e o Bolsa Família, que prioriza as duas filhas, de 1 e 4 anos.
Adotadas de uma dependente química, sobrinha de Ana Claudia, as crianças necessitam de cuidados médicos. A mais velha, nascida de sete meses, é autista e não fala. Já a bebê de um ano sofre de bronquiolite. Com isso, o orçamento não fecha para cuidar de todos.
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Há sempre uma dívida de até 300 reais na farmácia. Por isso, a perspectiva de R$ 300 a mais no orçamento familiar faz com que as dívidas possam ser quitadas e outros itens imprescindíveis possam ser garantidos.
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