O empréstimo do Auxílio Brasil consiste em um empréstimo consignado liberado aos beneficiários do programa. Os valores podem ser parcelados em até 24x com juros. O benefício em questão foi liberado durante o governo Bolsonaro (PL).
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Com a posse do recém-eleito presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o novo ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, declarou que as pessoas que contraírem o programa salarial Auxílio Brasil poderão ser incluídas no programa de renegociação de dívidas.
Programa para endividados pelo empréstimo do Auxílio Brasil
Desenrola Brasil é uma proposta do ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, para reduzir a inadimplência das famílias brasileiras de baixa renda. O empréstimo consignado Auxílio Brasil foi instituído em outubro do ano passado e o pagamento da dívida é descontado diretamente do benefício do recorrente.
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O ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, liberou o empréstimo aos beneficiários do auxílio do Brasil. Através do regime de crédito, os cidadãos podem comprometer até 40% da sua prestação e reembolsar a dívida no prazo de 24 meses. Dessa forma, garante-se um pagamento com o valor do próprio benefício.
Porém, com a mudança de governo, a equipe que trabalha com o presidente Lula alertou que a oferta de empréstimo será suspensa a partir deste ano. Segundo a equipe, as pessoas que contratam o empréstimo consignado terão a renda familiar em risco, independentemente de serem incluídas no programa ou não.
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No entanto, segundo o próprio presidente, mesmo que a oferta seja fechada, os contratos ativos não sofrerão alteração. Os beneficiários continuarão assim a pagar as prestações da dívida e não poderão devolver o dinheiro tomado.
A única mudança que será feita diz respeito ao cancelamento do empréstimo consignado do Auxílio Brasil. Além disso, este ano o programa de transferência de renda do governo está passando por mudanças significativas e está sendo renomeado como Bolsa Família.
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O que fala o relatório enviado para presidente Lula?
Em texto enviado a Lula sobre o empréstimo, especialistas alertam que o ímpeto criado pelo serviço acaba canalizando dinheiro para pessoas vulneráveis no sistema do mercado financeiro para aumentar ainda mais a desigualdade no país.
De acordo com o relatório, as pessoas que contraírem empréstimos consignados terão a renda familiar em risco, e as amortizações continuarão sendo feitas mesmo que a família não faça mais parte do programa de transferência de renda. Desta forma, é uma falta de proteção social futura.
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No entanto, vale ressaltar que ainda não há informações confirmadas. O governo eleito pode abandonar a ideia original de suspender os salários e decidir simplesmente baixar os juros dessa modalidade. Com isso, os impactos sobre a renda das famílias de baixa renda podem ser ainda maiores.