O governo federal está organizando uma operação de pente-fino no CadÚnico. O Cadastro Único para Programas Sociais é uma plataforma que coleta dados das famílias de baixa renda para inclusão em programas sociais e de transferência de renda.
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Com sua revisão, a gestão de Lula (PT) visa redistribuir os benefícios do Bolsa Família de forma correta. De acordo com o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, há indícios de fraude de 2,5 milhões de famílias do programa de transferência de renda.
“Enquanto tem gente com renda alta recebendo, do outro lado, tem pessoas aqui que estão passando fome e estão sem receber o Auxílio Brasil, o Bolsa Família agora”, disse o ministro.
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Quase 22 milhões de famílias recebem o Bolsa Família
Atualmente, o Bolsa Família é pago a 21,5 milhões de famílias, conforme dados de dezembro do Ministério do Desenvolvimento Social. Contudo, de acordo com o ministro, pessoas com renda de R$ 11 mil estão recebendo o benefício, destinado a famílias com renda per capita de até R$ 210.
A Pasta informou que 10 milhões de beneficiários já passaram pela revisão do CadÚnico. Dessa forma, 2,5 milhões apontaram indícios de fraude.
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Assim, a partir de março, as famílias serão chamadas pelo governo através de SMS e das Prefeituras para realizar um recadastramento do CadÚnico. A expectativa do governo é conseguir recadastrar cerca de 5 milhões de beneficiários até o fim de 2023.
Cadastros de famílias unipessoais no CadÚnico gerou desconfiança
No último ano, o Tribunal de Contas da União (TCU) realizou uma auditoria que identificou indícios de fraude nas regras do Auxílio Brasil – programa de transferências de renda que substituiu o Bolsa Família durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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De acordo com o TCU, as regras incentivaram os cidadãos a fazerem declarações falsas a respeito da composição familiar no CadÚnico. Durante a transição de governo, técnicos do órgão identificaram um aumento do número de cadastros de famílias unipessoais.