A taxa média de desemprego no Brasil chegou a 8,6% no trimestre encerrado em fevereiro, uma alta de 0,5 ponto porcentual em comparação com o trimestre anterior entre setembro e outubro), conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira (31) pelo IBGE. Entre dezembro de 2021 e fevereiro de 2022, a taxa média estava em 11,2%.
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O indicador ficou um pouco abaixo do consenso Refinitiv, que previa taxa de 8,7% no mês.
Segundo o IBGE, esse é o menor resultado para o período desde 2015, quando o indicador ficou em 7,5%.
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O número de desocupados cresceu 5,5% e chegou a 9,2 milhões de pessoas, o que representa um acréscimo de 483 mil pessoas à procura por trabalho.
Taxa de desemprego no Brasil
Para Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, o aumento da desocupação ocorreu após seis trimestres de quedas significativas seguidas, que foram muito influenciadas pela recuperação do trabalho no pós-pandemia.
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“Voltar a ter crescimento da desocupação nesse período pode sinalizar o retorno à sazonalidade característica do mercado de trabalho. Se olharmos retrospectivamente, na série histórica da pesquisa, todos os trimestres móveis encerrados em fevereiro são marcados pela expansão da desocupação, com exceção de 2022”, disse em nota.
A queda do número de ocupados foi de 1,6%, segundo o IBGE, com retração de 1,6 milhão de pessoas no mercado de trabalho no trimestre encerrado em fevereiro frente ao trimestre anterior.
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Com isso, o nível de ocupação, percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, chegou a 56,4%, uma queda de 1,0 p.p. na mesma comparação.
Adriana explica que a população ocupada tem um comportamento que é o inverso da trajetória da população desocupada. Nos primeiros meses do ano, há um movimento praticamente conjugado, de retração da população ocupada e a expansão da desocupação.
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Créditos: Infomoney