A Caixa Econômica Federal (CEF) exige que os funcionários que ocupam cargo de gerência devolvam parte do Participação nos Lucros e Resultados (PLR) recebido no ano passado. Cerca de 1,3 mil funcionários serão impactados.
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Isso porque a remuneração variável é diretamente atrelada ao lucro do banco. Dessa forma, ao não atingir as metas de 2022 e ter um lucro R$ 9,2 bilhões abaixo do esperado, o bônus não deve ser pago. Assim, a instituição financeira vai descontar de seus funcionários os valores que já pagou a eles.
Os valores foram recebidos 2022, como adiantamento, e serão descontados dos salários dos colaboradores em até 10 parcelas. Contudo, outros 85 mil funcionários, cerca de 98% do quadro, que não fazem parte da gerência, não tiveram seus bônus afetados.
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Trabalhadores terá de devolver o bônus à Caixa
A CEF viu seu lucro cair em 2022. Dessa forma, houve uma redução de 43,4% em seu lucro líquido contábil de 2021 para 2022. Só no último trimestre, a redução foi de 31,3% no mesmo período. Assim, isso justifica o não atingimento das metas e consequentemente o não pagamento dos bônus.
Os funcionários da gerência da Caixa, além de não receberem a segunda parcela do PLR na última sexta-feira (24), terão de devolver a primeira parcela. Nesse sentido, podem parcelar essa devolução em até 10 vezes, porém a primeira parcela já será descontada do salário em maio.
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A empresa informou, em nota, que cumpre com suas obrigações estabelecidas no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) para os elegíveis ao PLR. Ainda, explicou que diretores e vice-presidentes não são elegíveis à Participação nos Lucros e Resultados.
Alta gestão tem outro tipo de bônus
Da mesma forma que o PLR, a remuneração variável da alta gestão do banco está atrelada aos resultados financeiros. Dessa forma, a Caixa afirmou que ainda não decidiu em relação ao bônus para os diretores e vice-presidentes da empresa.