No início da semana, a diretoria da Petrobras enviou ofício ao Ministério de Minas e Energia (MME) reiterando o risco de desabastecimento de diesel no país, confirmou fonte próxima ao assunto.
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A decisão de informar oficialmente o governo foi tomada na última terça-feira (25). Após um longo debate sobre o assunto em reunião do conselho de administração das estatais.
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Os membros do conselho da empresa apontaram que o maior risco de desabastecimento pode ocorrer em meados de setembro deste ano. Pouco antes da eleição presidencial.
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Em nota, o Ministério de Minas e Energia informou que realizará uma reunião ordinária nesta sexta-feira (27) de acordo com o disposto na Portaria nº623/2022/MME e Biocombustíveis. A reunião contará com a presença de representantes da ANP e da Petrobras, membros do comitê.
Petrobras lista fatores de risco
Contudo, o documento enviado ao governo e à ANP, a Petrobras lista fatores de risco como baixos estoques em grandes fornecedores ou consumidores como Estados Unidos, Europa e Cingapura.
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A guerra na Ucrânia que tirou a Rússia daquele mercado, utilizando seus próprios estoques para Escassez de diesel russo no Oriente Médio e na Índia. Por fim, o aumento dos custos de frete e eventual indisponibilidade da refinaria.
No caso dos Estados Unidos e do Caribe, a temporada de furacões pode ser o motivo pelo qual as refinarias que produzem diesel podem encerrar as operações.
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No caso do Brasil, as refinarias estão se aproximando da capacidade máxima e podem ser encerradas devido a técnico estar fora de serviço devido a uma pausa para manutenção.
A ANP diz ainda que seus representantes mantêm contato constante com representantes do setor. Com especialistas e analistas do atual cenário mundial, acompanhando de perto o cenário nacional e internacional e todos os fatores que podem afetar a oferta de diesel.
A agência se esforça para acompanhar a situação e propor as ações que se mostrarem necessárias para garantir a entrega do produto.
O alto preço do combustível preocupa os caminhoneiros, que ameaçam parar o Brasil novamente, como fizeram em 2018. Importadores argumentam que, se a Petrobras não igualar os preços.
Eles não podem importar porque sofreriam prejuízo se vendessem o produto mais caro importado do exterior mais barato do país.